Lembrança Eterna de uma Mente sem Brilho


Filho de peixes, peixes é
14-janeiro-2011, 1:55
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Estou perdido. Não consigo mais entender minha vida. Me sinto deslocado da vida, de tudo aquilo que sempre entendi como verdadeiro e certo na minha existência. É uma sensação de perda e um vazio incrível.

Não sou mais Áries. Sou Peixes.

Eu me achava aventureiro, energético, pioneiro e valente. Poxa, era dinâmico, seguro de mim mesmo e costumava demonstrar entusiasmo para as coisas – apesar de impulsivo e sem muita paciência, claro. Tudo o que se espera de um ariano!

Agora vou ter de ser imaginativo e sensível! Amável e cheio de compaixão! Intuitivo e pensar nos demais! Não assumir a realidade,  ser idealista, manter segredos e ter uma vontade débil! DÉBIL! Além de, vejam só!, me deixar levar pelos outros! Tudo o que define alguém de Peixes!

Meu irmão, coitado, virou Serpentina! Mó Carnaval isso! Como pode uma ciência tão perfeita e redonda como a Astrologia ter espaço para esse tipo de revisão? E agora, José? Como fica meu Mapa Astral de vinte e poucas páginas que paguei centenas de reais para ser feito pela fantástica e totalmente confiável vidente daqui do lado de casa?

Me sinto traído. Por tudo o que me definiu e sempre me definiu agora ser algo que não mais me define. Por eu ter seguido VERBATIM tudo o que se espera de um ariano e agora, pasmem!, ter de mudar tudo o que sempre fiz porque estavam todos errados! Minha vida foi uma mentira todos esses anos! O que fazer agora?!

Ainda bem que meu pai também é Peixes agora. Filho de Peixes, peixes é. Me conforta isso.



Tá chegando a hora
26-setembro-2010, 4:32
Filed under: Perfil, Politicalidades

O meu voto na Dilma, o meu voto no Lindberg e no Crivella. Tanta coisa pra explicar. Para alguém que aprendeu a ver ‘South of the Border’ do Oliver Stone e rir, se emocionar e entender, no coração, com calafrios, a beleza das mudanças desse continente, pra melhor, e a lição que estamos dando ao mundo, é incrível reconhecer as diferenças de quem eu era politicamente em 2002 e, depois de ler e aprender, de deixar as PIGs me influenciarem, de ver o quão patética é a Veja, a Folha, a Fox News Brazuca, todo mundo fazendo de tudo, mentindo, corrompendo informação, editando e distorcendo dados, notícias, frases e entrevistas… uma vergonha.

Sendo leitor ávido (blogs e tweets) do Idelba, do Rafa, do Alex e do Celso, me sinto bem amparado, acompanhado de perto por mentes ducarai, que sabem o que dizem, e me reforçam nessas idéias e ideais.



Eu quero…
29-junho-2010, 5:27
Filed under: Diatribes, Perfil

…ser grande.



A vontade de ser vegetariano
30-abril-2010, 4:36
Filed under: Perfil

Mais uma chance de me jogar num velho mundo novo. Vi o Forest Whitaker e o quanto ele mudou sua vida ao de tornar alguém de melhor alimentação.

Serei, mais uma vez, um veteriano forçado. Um comedor de carne que deixa de comê-las simplesmente por querer. Adoro carne, e acho que sempre gostarei. Mas nessa hora eu quero mudar.

E, convenhamos, isso nada mais é uma desculpa para eu me esforçar. Serei assim até o final de Julho. Sem pestanejar.

Conto os resultados depois. Torço só pra aguentar até lá.



Talvez, quem sabe…
18-março-2010, 10:19
Filed under: Perfil

Olha, eu acho que possivelmente, talvez, quem sabe, provavelmente terminei minha tese.

Estou quase livre. Um negocinho ali, um trequinho acolá, e meu mestrado terá seu fim.

Não quero nem pensar em doutorado. Até me chamarem, claro.



Dar aula
13-março-2010, 4:21
Filed under: Perfil

Quarta-feira dei minha primeira palestra/aula na minha alma mater, a Fundação Getúlio Vargas. Me sinto realizado.

Sempre foi um sonho meu dar aula. Achar que posso passar conhecimento a outros. Que tenho a oferecer conhecimento e aprendizado.

Meu pai dava aula. Escutar suas histórias me fizeram sonhar em lecionar. Achar que sou capaz.

Acho que nasci pra isso. A aula foi incrível. A turma, atenciosa e participativa, foi fantástica.

Mal posso esperar a próxima aula.



Talvez seja tarde…
26-fevereiro-2010, 12:30
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…ou cedo demais pra viver de promessas e projetos. Amo essa vida, e meu problema é saber que não a troco por nada nesse mundo.



Da vida
21-outubro-2009, 4:34
Filed under: Perfil

Existe uma gama de sensações interessantes sobre trabalhar demais. O que é, de fato, muito trabalho? Aquele que domina suas horas? Ou o que  te faz sonhar sobre projetos existentes e futuros? Será que é aquele que te estressa? Ou aquele te consome o suficiente para que você não consiga se estressar?

Fora o mestrado, que está me matando, ando desenvolvendo projetos incríveis. Uma proliferação de idéias e ideais que me tomam o tempo, a cabeça – e até um pouco a saúde. Meu olho esquero treme um pouquinho. Acho que é excesso de cafeína. Ou algum problema neurológico, o que seria mais um pra lista infinita de maluquices que tenho. Minha dieta já foi pros cacetes.

Viajo dia 30 para os EUA a fim de fechar minha segunda residência do mestrado. Teria de ser um momento, igual ao ano passado, de pura imersão e dedicação. Sei que vou precisar achar horas no dia para conseguir fazer tudo. Vou ter de inventar um calendário novo, e colocar umas 30 horas da aurora até o crepúsculo, para que possa me dedicar à manter minha saúde em dia e compor as músicas que quero até o final do ano.

Durmo sobre o trabalho, acordo atrasado pra um bando de coisas. Me vejo sempre com alguns telefonemas pra fazer, todos que deveria ter feito mais cedo ou ontem. Me pego assumindo inúmeros projetos por romantismo, ideal, excitação e gana. Cada novo passo é uma vitória, que se transforma em vinte passos até a concretização do investimento intelectual e financeiro. Uma briga de leão diária, horária, quiçá minutária.

Sabe que estou adorando isso tudo?



Rio 2016
3-outubro-2009, 1:14
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Meu país. Minha cidade. Vivo falando de vocês. Mal, most of the time. Bem quando quero, quando não consigo conter minha vontade de proclamar meu amor.

Não tinha visto sua vitória ao vivo, minha cidade. Não pude acompanhar. Estava no interior do estado de São Paulo. Depois estava na grange cidade cinza que gosto bastante. E onde me encontro agora, vendo, repetidas vezes, o seu vídeo para o COI.

São momentos especiais, esses. Momentos em que me vejo um cidadão tupiniquim. E sabe por que? Porque amo o fato de sermos assim. Falhos, estranhos, emotivos até pedirmos arrêgo.

Somos o povo que vai, em centenas de milhares, torcer por uma votação em um país escandinavo. Somos um povo que festeja de maneira delirante, e esquecemos os problemas, as árduas porradas da vida, por uma festa e uma reunião em grupo.

Somos um povo feliz. E, agora, somos um povo olímpico. Que orgulho.



Festival do Rio 2009
17-setembro-2009, 2:56
Filed under: Cinemalidades, Perfil

Pronto. Vai começar minha falta de vida de novo. Como se já não tivesse pouco tempo ultimamente, com tantos projetos e tanta correria antes de viajar.

Vem aí o Festival do Rio 2009. Ainda bem que serão duas semanas. Mas garanto que, de novo, vou ver ao menos 15 filmes. Meu recorde foi 31, em 2006. Devia tentar batê-lo de novo, mas acho difícil. Tem poucos filmes, esse ano, que me encantam de verdade.

Em 2006 o que deu certo foi que acabava vendo filmes no meio do caminho de dois que queria muito ver. Tinha um às 14h e outro às 20h, por exemplo. Acabava sobrando aquele filme checo horroroso, com produção islandesa e atores estonianos, às 17h.

Nesse festival, vou fazer questão de correr atrás dos que vão aparecer nos cinemas em geral. Estarei fora do Brasil a partir do final de outubro, e preciso pegar os filmes que pra cá virão. Na cidade da universidade em Ohio há UM mísero cinema. E não sou de baixar filmes (posso simplesmente mudar de opinião, mas duvido muito que isso venha a acontecer).

Acabei de lembrar que preciso terminar as aventuras do Viking na América.

Mas então, quero ver esses filmes aqui:

– Bellini e o demônio, de Marcelo Galvão (não sei por quê… acho que gosto do toxicômano do Fábio)

– Insolação, de Daniela Thomas e Felipe Hirsch

– Sonhos roubados, de Sandra Werneck (ouvi falar bem)

– Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Karim Ainouz e Marcelo Gomes
– It Might Get Loud (It Might Get Loud / It Might Get Loud), de Davis Guggenheim (Estados Unidos)
– Singularidades de uma rapariga loura (Singularidades de uma rapariga loura), de Manoel de Oliveira (Portugal)
– Barba Azul (Barbe Bleue / Bluebeard), de Catherine Breillat (França)
– A Doutrina de Choque (The Shock Doctrine / The Shock Doctrine), de Michael Winterbottom, Mat Whitecross (Reino Unido)

– Maradona (Maradona by Kusturica / Maradona by Kusturica), de Emir Kusturica (Espanha)
– Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds / Inglourious Basterds), de Quentin Tarantino (Estados Unidos) (YEEEEAH!)
– Abraços partidos (Los Abrazos Rotos / Broken Embraces), de Pedro Almodóvar (Espanha)
– Distante Nós Vamos (Away We Go / Away We Go), de Sam Mendes (Estados Unidos)
– Coco antes de Chanel (Coco avant Chanel / Coco Before Chanel), de Anne Fontaine (França)
– (500) Dias com ela ((500) Days of Summer / (500) Days of Summer), de Marc Webb (Estados Unidos)
– Aconteceu em Woodstock (Taking Woodstock / Taking Woodstock), de Ang Lee (Estados Unidos)
– Brilho de Uma Paixão (Bright Star / Bright Star), de Jane Campion (Reino Unido)
– O Desinformante! (The informant! / The informant!), de Steven Soderbergh (Estados Unidos)
– Nova York, Eu Te Amo (New York, I Love You / New York, I Love You), de Mira Nair, Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shekhar Kapur, Shunji Iwai, Joshua Marston, Natalie Portman, Brett Ratner, Wen Jiang, Randall Balsmeyer (França)
– Julie & Julia (Julie & Julia / Julie & Julia), de Nora Ephron (Estados Unidos)
– Che 2 – A Guerrilha (Che: Part Two / Che: Part Two), de Steven Soderbergh (Espanha)

– A Batalha dos 3 reinos, de John Woo

– Aguas turvas (De Usynlige / Troubled Water), de Erik Poppe (Noruega)

– O dia da transa (Humpday / Humpday), de Lynn Shelton (Estados Unidos)
– Coco (Coco / Coco), de Gad Elmaleh (França)

– Eu sei que você sabe (I Know You Know / I Know You Know), de Justin Kerrigan (Reino Unido)
– O lar das borboletas escuras (Tummien Perhosten Koti), de Dome Karukoski (Finlândia)

– A próxima estação (La próxima estación / La próxima estación), de Fernando E. Solanas (Argentina)
– O segredo dos seus olhos (El secreto de sus ojos / The Secret in Their Eyes), de Juan José Campanella (Argentina
– Arranca-me a Vida (Arráncame la vida / Tear This Heart Out), de Roberto Sneider (México)
– Boogie (Boogie, el aceitoso / Boogie), de Gustavo Cova (Argentina) (animação)

– An Englishman in New York (An Englishman in New York), de Richard Laxton (Reino Unido)

– Os Tempos de Harvey Milk (The Times of Harvey Milk / The Times of Harvey Milk), de Rob Epstein (Estados Unidos)
– Fúria (Outrage / Outrage), de Kirby Dick (Estados Unidos)

– Human Zoo (Human Zoo / Human Zoo), de Rie Rasmussen (França)
– Vogue – a edição de setembro (The September Issue), de R.J. Cutler (Estados Unidos)
– Big River Man (Big River Man / Big River Man), de John Maringouin (Estados Unidos)
– Black Dynamite (Black Dynamite / Black Dynamite), de Scott Sanders (Estados Unidos)
– Tyson (Tyson / Tyson), de James Toback (Estados Unidos) (LOUCO PRA VER ESSE)
– Em Busca do Paraíso (Heaven wants out / Heaven wants out), de Robert Feinberg (Estados Unidos)
– American Boy: o retrato de Steven Prince (American Boy: A Profile of Steven Prince), de Martin Scorsese (Estados Unidos)
– American Prince (American Prince / American Prince), de Tommy Pallotta (Estados Unidos)
– When you’re strange (When you’re strange / When you’re strange), de Tom DiCillo (Estados Unidos)

– Os sonhos sobrevivem ao poder? (Le Pouvoir détruit-il le rêve? / Behind the Rainbow), de Jihan El-Tahri (Egito)

– American Casino (American Casino / American Casino), de Leslie Cockburn (Estados Unidos da América)
– Teatro de guerra (Theater of War / Theater of War), de John Walter (Estados Unidos)

– Playground (Playground / Playground), de Libby Spears (Estados Unidos)

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Será que consigo ver – cacetas, é muito filme! 46!! – ao menos metade desses?